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ORLA DOS ANJOS

ARRAIAL DO CABO/RJ

Este projeto surgiu com a necessidade de um melhor atendimento ao Turista, depois da cidade de |arraial do Cabo ter sido selecionada como destino indutor do Turismo pelo Ministério do Turismo. 

 

A partir desta necessidade foram implantados conceitos de sustentabilidade, de mobilização urbana e sustentável, arborização urbana e serviço de informação turistica.

 

A dupla avenida deu lugar à um calçadão bem mais espaçoso, contando ainda com uma ciclovia e estacionamento, passando a avenida a ter duas mãos simples, sem o canteiro central.

 

Esta alteração foi possível devido ao fato da Orla dos Anjos não se encontrar nos acessos principais da cidade, sendo acessada apenas por pistas simples, não havendo entretanto a necessidade de valorização do automovel em detrimento da qualidade do espaço usado pelo pedestre, banhista e todos os que passeiam pela orla, inclusive com o uso de bicicletas, skates, patins, etc promovendo a mobilidade urbana sustentável.

 

 A SEGUIE MATÉRIA PUBLICADA NO MENSAGEIRO DOS LAGOS EDIÇÃO 181

 

PROJETO DE URBANISMO, COM BOA ARQUITETURA, FOCADO NO TURISMO E NA SUSTENTABILIDADE

Os quiosques da Praia dos Anjos há anos urbanizada, foram demolidos, dando lugar a um novo modelo de urbanismo e arquitetura. Apostando no desenvolvimento e aplicando conceitos de Turismo Sustentável, Mobilidade Urbana Sustentável e Bem Estar Social, a prefeitura investirá no prazo previsto de 5 (cinco) meses, R$ 3.790.000,00.

Esta obra também fomenta o serviço de apoio ao banhista e ao turista, valorizando os quiosqueiros que há anos estão a servir toda a população de moradores e população flutuante que frequenta essa cidade. Pensando nesses comerciantes que dedicaram suas vidas quando a infraestrutura ainda era restrita, valorizaremos o espaço físico que retornará para cada um dos quiosqueiros que já exploram a área, na mesma ordem em que se encontravam antes.

O projeto conta com e padronização do passeio público em frente às edificações, bem como adequação da sua dimensão de modo que seja possível a arborização urbana, leito carroçável com pista nos dois sentidos, estacionamento junto ao calçadão, ciclovia bidirecional, e calçadão mais largo, graças à supressão de um canteiro central, oferecendo mais espaço para o pedestre e o ciclista, valorizando a mobilidade urbana sustentável, e tornando os espaços mais humanos e voltados à convivência social. Nas travessias, a implantação de traffic-table, tendência urbanística, que objetiva a redução da velocidade dos veículos automotores, e a preocupação de espaços sempre acessíveis. "Acreditamos que um espaço que não oferece acessibilidade, é um espaço deficiente", diz a autora do projeto.

O projeto tem algumas inovações. A arquiteta, que é também especialista em Turismo pelo IE/UFRJ citou alguns dos pontos altos da proposta: Uma delas é a sala de visitantes criada para orientar turistas, ao invés de atendê-lo num balcão formal, através de uma divisória de vidro. O turista conta ainda com um ponto de parada para os ônibus de Turismo com abrigo (não para estacionamento do mesmo, mas para embarque e desembarque) e uma bilheteria de passeio de barcos; A preocupação com a coleta do lixo e do óleo utilizado pelos quiosques esteve presente no processo criativo: foi desenvolvido um reservatório para coletar odo o óleo utilizado para a produção de biodiesel, que poderá vir a ter infinitas utilizações; a água tratada proveniente dos ralos dos chuveiros públicos, que disporão de temporizador para vazão controlada de água, serão reservadas para o reúso nas descargas sanitárias dos banheiros públicos.

Os banheiros públicos, que aumentarão de 2 (duas) unidades para 9 banheiros, dispostos em 3 blocos, contarão com acessibilidade, dentro da NBR 9050, assim como a área dos chuveiros.

_  “Todos os quiosques se beneficiarão de luz natural, com fechamento de vidro, garantindo ainda a vista para o mar", diz Renata Manhães Galiaço, Arquiteta, Subsecretária de Obras, responsável pelo projeto da Orla da Praia dos Anjos.

LIÇÃO CABISTA

A arquiteta Renata Manhães dá pistas para a criação de um projeto sustentável:

- Trabalho multidisciplinar em equipe: a cooperação entre autoridades do governo, arquitetos, engenheiros e especialistas em meio ambiente é essencial para o sucesso da empreitada.

- Soluções ambientais: redes cicláveis e baixa emissão de carbono e sistemas cíclicos que reaproveitam a água dos esgotos, por exemplo, podem funcionar como atrativos para novos moradores, escritórios e turistas.

- Design inteligente: em tempos de riscos climáticos e aumento dos custos de água e energia, é preciso pensar em construções menos impactantes e, ao mesmo tempo, fáceis de serem mantidas e recuperadas.

Renata Manhães Galiaço é Arquiteta e Urbanista pela FAU/UFRJ especialista em Turismo, pelo IE/UFRJ, Mestranda em Urbanismo pela UFF e Subsecretária de Obras e Urbanismo da PMAC

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